Thalía e Eduardo Capetillo se reencontram em “Marimar”
Dois anos após conquistar a audiência mexicana com “Maria Mercedes”, Thalía retornou como a costeñita Marimar na novela homônima. Ao contrário da primeira parte da “Trilogia das Marias”, “Marimar” não era ambientada na cidade, e sim no litoral mexicano. Na trama Thalía interpreta a bela e inocente órfã, pobre, que vive em uma choupana com seus avós. O passado da garota guarda um segredo, que será revelado no decorrer da história. A vida de Marimar toma outro rumo ao se apaixonar por Sérgio Santibañez, vivido pelo ator e cantor mexicano Eduardo Capetillo, jovem herdeiro de uma das principais fazendas da região.
A aproximação dos dois desagradará a ambiciosa Angélica (Chantal Andere) que fará de tudo para destruir Marimar. Em 31 de janeiro de 1994 a novela foi lançada pela Televisa, a história de amor e superação com toques cômicos não demorou a conquistar o público. Que também estava curioso para rever Thalía e Capetillo juntos, eles foram companheiros no grupo musical Timbiriche nos anos 80.
Sucesso mundial
A trama chegou ao Brasil através do SBT em novembro de 1996, para substituir a bem sucedida “Maria Mercedes”. Porém, a repercussão alcançada por “Marimar” foi maior do que a emissora paulistana poderia prever. O crescente aumento de popularidade de Thalía, apoiado na história de amor e no clima de verão da novela, a transformaram num fenômeno televisivo do SBT. Que por muitas vezes chegou a incomodar a audiência do “Jornal Nacional”. Não foi apenas no Brasil que a novela foi um grande sucesso, países como Filipinas e EUA – onde até hoje é a novela latina de maior audiência da história – se renderam as desventuras da costeñita.
Os críticos mexicanos apontaram alguns defeitos em “Marimar” em comparação a, “mais séria”, “Maria Mercedes”. O fato do cão Pulguento ter seus “pensamentos” revelados ao público, foi um dos pontos apontados por eles. Bobagem, Pulguento era um dos melhores personagens da trama. Graças a química entre ele e Thalía, a produção conquistou o público infantil da época. Entretanto, num ponto os críticos foram unânimes, a evolução de Thalía como atriz. A personagem Marimar exigia muito mais dela, do que Mercedes. A linha tênue que separa o amor e ódio sentidos por ela em relação a Sérgio, o homem que brincou com seus sentimentos e a abandonou, exigiu uma entrega maior a personagem. Thalía se saiu bem na fase inocente e ingênua da personagem e também como Bella Aldama, alter ego adotado por Marimar para esconder de todos sua identidade e para colocar em prática sua vingança contra a família Santibañez.
Amar sem ser amada
Durante o período que compreendeu os sucessos de “Maria Mercedes” e “Marimar”, Thalía interrompeu sua carreira musical, tendo lançado apenas um single entre os álbuns “Love”, de 1992 e “En Extasis”, de 1995, o tema de “Marimar”. Que inicialmente foi concebido apenas para acompanhar a novela, surpreendentemente se tornou um hit mundial. Foi nessa mesma época que Thalía deixou a Fonovisa, sua antiga gravadora, e se transferiu para a EMI. Onde permaneceria por longos 13 anos.
Em entrevistas posteriores Thalía escolheu Marimar como sua melhor e mais marcante personagem, pela da alegria, contato com a natureza e vontade de ser feliz acima de tudo que acosteñita tinha. A estrela mexicana está certa, diferente de Maria Mercedes e da amargurada Maria de “Maria do Bairro”, Marimar tinha uma enorme vontade de viver e superar obstáculos, amar e ser amada. Infelizmente para ela, como na vida, acabou encontrando em seu caminho alguém que queria apenas debochar e brincar com seus sentimentos. Mas, como a produção é uma novela e, sobretudo, mexicana, óbvio que no final a sofrida costeñita perdoaria Sérgio.
Para quem acompanha e conhece as novelas mexicanas a trama original de Inés Rodena, adaptada por Carlos Romero, é uma espécie de “onde está o Wally?” com tantas participações de atores que já estiveram em outras produções da terra da tequila. A vilã mor da novela, Chantal Andere, que protagonizou a inesquecível cena da lama, viveria anos depois seu papel definitivo como a esquizofrênica Stephanie de “A Usurpadora”. René Muñoz, Ricardo Blume, Fernando Colunga e Meche Barba que teriam papéis de destaque na posterior “Maria do Bairro”, também estão na trama litorânea. Que foi baseada no sucesso dos anos 1970, La Venganza, protagonizado por Helena Rojo (“O Privilégio de Amar”).
De volta à telinha
A trama foi reprisada por duas oportunidades pelo SBT. Apenas seus primeiros capítulos em 1998 no péssimo horário das 11h e completa em 2004 e 2001/2012 no fins de tarde! Também chegou a ser exibida pela CNT!
CURIOSIDADES
* Foi a primeira novela mexicana que o SBT passou com a abertura com sua música original em espanhol, antes, as aberturas eram modificadas.
* Fernando Colunga fez uma participação nos últimos capítulos da novela, no ano seguinte ele viria a protagonizar Maria do bairro junto a Thalía.
* Marimar foi reprisada pelo SBT na época da Copa de 1998 às 11 da manha, porém acabou a copa e a transmissão foi interrompida sem maiores explicações.
* Grande parte da novela foi gravada numa fazenda pertencente à Thalía.
* Fernando Colunga fez uma participação nos últimos capítulos da novela, no ano seguinte ele viria a protagonizar Maria do bairro junto a Thalía.
* Marimar foi reprisada pelo SBT na época da Copa de 1998 às 11 da manha, porém acabou a copa e a transmissão foi interrompida sem maiores explicações.
* Grande parte da novela foi gravada numa fazenda pertencente à Thalía.
* E é impossível esquecer o cachorro Pulguento, que pensava e dava opiniões sobre tudo na vida de Marimar. Ele foi o inspirador de vários animais “pensantes” que teriam em novelas.