Quinceañera



Thalía e Adela: as protagonistas da trama / Divulgação - Televisa
A teledramaturgia mexicana é conhecida por seus melodramas quer versam sobre amores impossíveis, mocinhas extremamente boas e vilãs cruéis. Tudo, sejamos sinceros, completamente fora da realidade. Em 1987 a prestigiada produtora de telenovelas Carla Estrada lançou com ineditismo uma produção que se tornaria um clássico mundial do gênero, “Quinceañera” (debutante). A obra adaptada por René Muñoz (Padre Torres em “Marimar” e Vera Cruz em “Maria do Bairro”) do livro de sua autoria trazia a tona no México, pela primeira vez, temas polêmicos como gravidez na adolescência e estupro. A primeria novela voltada ao público jovem foi sucesso imediato.
A então novata Adela Noriega (“O Privilégio de Amar”) foi escolhida para um dos papéis principais, Maricruz, garota que pensa ter sido violentada. Para Beatriz, a outra protagonista, a escolha inicial foi Paulina Rubio. A cantora que na época fazia parte do grupo Timbiriche recusou o convite, por receio de interpretar uma jovem grávida. Em seu lugar entrou sua companheira de grupo, Thalía. O drama de Beatriz, garota rica que engravida e é abandonada pelo namorado, chamou a atenção da audiência e garantiu a Thalía o prêmio TVyNovelas como revelação do ano. Era o início do reinado da cantora na televisão mexicana. O tema de abertura também intitulado “Quinceañera” ficou a cargo de Thalía e das demais garotas do Timbiriche.
A novela chegou ao Brasil em 1991 com exibição bem sucedida no SBT. Seis anos depois aproveitando athaliamania que acontecia no país, a CNT reapresentou “Quinceañera” com o nome “Meus 15 Anos”. Como estratégia de marketing substituiu abertura e música tema, entraram apenas imagens de Thalía ao som do sucesso “Gracias a Dios” do álbum “En Éxtasis”.
“Quinceañera” pode não ser a novela mais famosa de Thalía no mundo, mas foi a que rendeu a cantora suas melhores críticas como atriz. Foi a gênese para as Marias que viriam depois…
Vídeo por: @renaron